quinta-feira, 25 de abril de 2013

co reger


O que eu queria mesmo nessa vida era equiparar minha coragem à minha auto-desconfiança... Ai sim, refaria e refaria muito, e mais.


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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Moema: doce calúnia



Moema, todos sabemos, é o nome de um bairro da Zona Sul de São Paulo. Um nome exótico para um bairro rico médio... De onde vem o nome? Fui ao Wikipédia para uma rápida pesquisa. Descobri que no poema "Caramuru" (1781), do Frei Santa Rita Durão, "moema" designava doçura. Porém, segundo o mesmo verbete da enciclopédia, o termo vem do tupi-guarani e significa mentira, falsidade, calúnia.
 
O Frei e os paulistanos entenderam como doçura o que os Tupi-guarani tratavam como mentira, falsidade, calúnia... Não é esse tremendo e perverso mal entendido, literalmente, o dia do índio? E de modo geral, todo a homenagem e bom tratamento que o Estado brasileiro acredita oferecer aos índios?

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quinta-feira, 18 de abril de 2013

EMERGêNCIA



Se Oriente

Ao sul deste caminho

Que o Ocidente

É tão um acidentizinho

A levar deixar pro fundo

Umundu



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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Contágio

Fazia muito tempo naquele meio-dia de sol. Escaldante, sob um fundo azul. Quem se aventurava pela praia, via, eu, ali. Sem circunspecção, nem vice-versa. A vida, vocês verão, acabará num dia destes. Sem filtro. E no em tanto, dentro ali, viam-se a solar os pés na areia, multidão de todos. O mar de janeiro a arrastar e apalpar todos os destinos.

Não se poderia conceber ausência ali – a não ser por ela, ladeada a mim, olhar fixo no fundo do horizonte, tão longe. Azul, a menina de lá.

À mar, à sim, pra poucos é.
Mirando-a, escapei-me, à fim


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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Adicionário

Vida: Substantivo Genitivo. 1. Dado no entrante. 2. Habilidade impar. 3. Imponderabilidade.


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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

À Margem

Caiu na sede

É peixe.


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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Ponto de vista

Ver de Rosa

É sempre multicolorido...


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segunda-feira, 21 de março de 2011

Fracasso de público e de crítica

Sozão ou sozinho,

É questão de opiniinho


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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Sem mais bobagens

"Se sim, a vida consiste em experiência extrema e séria; sua técnica - ou pelo menos parte - exigindo o consciente alijamento, o despojamento, de tudo o que obstrui o crescer da alma, o que a antulha e soterra? [...] Sim? Mas, então, está irremediavelmente destruída a concepção de vivermos em agradável acaso, sem razão nenhuma, num vale de bobagens? Disse."


(Guimaraes Rosa, em "O espelho")

O xis da questão

Penso, logo dexisto

Descarte...

Ser ou não-ser não é A questão


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domingo, 7 de março de 2010

Altajuda



Perder-se, angustiar-se, é sempre dentro de si. Finito e bem pequeno, o Eu é labirinto. Escapar, se, à sim, não está aí, no espaço a dentro ("no fundo, no fundo..."), mas ao contrário, ao outro, ao lado.
Ao lado tem-se o caminho. Ao outro tem-se o movimento. Ao contrário tem-se a desconstrução.

Mire, veja: ser é inversamente proporcional a viver...


(linhas inspiradas na poesia de Mário de Sá-Carneiro)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

(c) vai bem?


O infinito
se dá ao se deitar o (c)oito . Nunca (c) esqueça.




quarta-feira, 22 de julho de 2009

Ora essa, rapaz!


Para ser entoado como um mantra:

"O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem." (João Guimaraes Rosa – Grande Sertão: Veredas)